A violência nos acompanha desde o nosso nascimento até o fim de nossas vidas. A violência está sempre presente na realidade coletiva do mundo 3D.
A violência vem até nós, muitas vezes, pelos nossos pais, nossos irmãos(ãs), amigos(as), companheiros(as), por pessoas que nunca vimos antes e sem qualquer motivo aparente, e até mesmo, pelos nossos filhos. Somos ensinados a usar a violência durante toda nossa existência. Isso passa a fazer parte dos padrões emocionais e comportamentais de grande parte da humanidade. Passamos a sentir medo e a responder violentamente no piloto automático graças a esses padrões.

Contudo uma parte da humanidade já não deseja esse tipo de realidade para si. Muitos se tornaram pacíficos, solidários, participativos e desejam uma realidade coletiva com valores mais evoluídos, onde a violência não seja uma forma considerada assertiva para resolver os problemas e estabelecer critérios de relacionamentos. Estão prontos para uma realidade pessoal e coletiva evoluída, uma realidade de 5ª dimensão.

Uma outra parte percebe a realidade 3D como a única forma de existir e não deseja mudar. Defende o bullying, é ativa nos grupos de discussão polarizada, acredita que a ausência da força é fraqueza. Não percebem que a realidade mundial pode ser completamente diferente.

Esse texto é endereçado àqueles que desejam mudar, que desejam viver em um mundo de paz, um mundo de 5ª Dimensão.

A seguir uma receita passo-a-passo para se chegar a realidade pessoal e coletiva de 5ª Dimensão:

Receitas para um mundo de paz:

1. Desativar a matriz guerreira em nossos corações será o primeiro passo. Apenas eu posso desativar a matriz guerreira em meu coração.

A matriz guerreira ativada se transformou em um padrão de comportamento funcional para um mundo primitivo. Onde estávamos sujeitos a violência de toda sorte. Com a matriz guerreira ativada, nós, uma espécie de mamífero, sem garras, sem grandes presas e sem pelagem grossa para enfrentar o frio, dominamos todo o planeta. Nos tornamos letais. Porém voltamos nossa violência contra a própria família humana. Construímos armas, cada vez mais eficientes, para matar outros humanos. Hoje com um míssil podemos destruir milhões, extinguir toda forma de vida em poucos segundos. A violência ainda é usada como uma forma assertiva para resolver as questões humanas, sem se dar conta da insensatez da proposta nos dias atuais. Sem alterar este rumo, a extinção da raça humana e da vida no planeta é apenas uma questão de tempo (pouco tempo) e o único resultado possível. É apenas uma questão de tempo até que alguém aperte o “botão”… Este é um padrão de comportamento pessoal e coletivo que necessita ser alterado, pois tornou-se disfuncional e levará a extinção. Evoluir ou extinguir-se são as alternativas que se apresentam

O padrão comportamental para um planeta evoluído, de 5ª dimensão não tem a violência como uma forma de resolver suas questões. Para evoluirmos necessitamos alterar esse padrão pessoal e coletivo. Desativar a matriz guerreira em nosso coração, abandonando o uso da violência, da força, da imposição de ideias e comportamentos a quem que seja. Temos que dar o primeiro passo sem exigir essa atitude de ninguém. Podemos apenas dar o exemplo e convidar àqueles com igual entendimento a caminhar conosco. Qualquer outro tipo de atitude nos tornaria iguais aquilo que queremos modificar. Não podemos usar a força para impor atitudes que não façam uso de força! É incoerente e a resposta sempre será igual e contrária gerando mais violência, como tem sido a milhares de anos em nosso planeta. Apenas eu posso desativar a matriz guerreira em meu coração e você no seu e juntos podemos dar início à nova realidade coletiva.

2. Adquirir autocontrole nos momentos de crise e desenvolver a comunicação afetiva para dar corpo a realidade 5D é o segundo passo. Sem esse tipo de transformação não haverá evolução. Os padrões comportamentais e emocionais, que norteiam nossas respostas frente aos estímulos recebidos, devem ser analisados, questionados e trabalhados para consolidar uma nova escala de valores e crenças que gerem atitudes condizentes com a 5ª dimensão. Existem algumas práticas que podem facilitar esse caminho: A prática do controle do pensamento e limpeza da mente é uma delas, outra é a prática chamada CNV – Comunicação não violenta que também é uma alternativa que lança luz sobre essa questão e oferece os passos iniciais a buscadores que anseiam por um padrão de comportamento condizente com a realidade 5D.

3. O terceiro passo será levar sua realidade pessoal para a realidade coletiva. Realidade coletiva é estabelecida por um coletivo. Inicialmente vivenciada em pequenos grupos, para seguir crescendo, até se tornar o pacto social vigente. Muitas pessoas já vivem uma realidade pessoal de 5ª Dimensão, porém, servindo na 3ª. Ainda são indivíduos agindo fora da curva. É necessário que trabalhem coletivamente e criem novos modelos de organização sócio produtivas, condizentes com a 5ª dimensão. A seguir um quadro comparativo entre as duas realidades (3D e 5D), para que as mudanças iniciais possam ser implementadas:

Temos uma grande parcela da população vivendo em situação de vulnerabilidade. Sem acesso aos alimentos, a moradia digna, a educação e saúde de qualidade, sem acesso ao trabalho e renda. O resgate dessa parcela da população para uma vida digna, abundante e solidária pode ser a meta dos trabalhadores 5D. Devemos convidá-los e deixar que assumam o protagonismo de suas vidas. Não existe espaço para eles no mundo materialista, nas pirâmides e organogramas 3D. Ninguém terá nada a perder com esta proposta. Podemos desenvolver em conjunto com essas pessoas “sobrantes” a nova realidade solidária, apoiada em um novo modelo sócio produtivo, capaz de absorver a todos aqueles que estiverem dispostos a trilhar esse novo caminho de abundância, paz e solidariedade.

4. Para o quarto passo temos que considerar que o mundo violento é mantido pelas gerações que nos sucedem, apoiadas na educação que disponibilizamos. Portanto “Treinar” também nossas crianças nas práticas da Comunicação não Violenta (CNV – Prática que foca sua abordagem na busca da resolução de conflitos por meio do estímulo a compaixão e a empatia. Ela se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos mesmo em condições adversas. ). A prática pedagógica nas escolas 3D, busca preparar as crianças e jovens para o mundo materialista, para a competição e agregar valor econômico para que sejam úteis ao sistema produtivo. A demanda materialista por mão-de-obra se reduz a cada dia com a introdução de mais robôs, novos conceitos de logística e com inteligência artificial. Alguns estimam que até o ano 2050 a mão-de-obra humana não será mais utilizada nos sistemas produtivos. Por outro lado os índices de natalidade, cuja concentração se situa exatamente nesse público, continuam a crescer e demandar novos postos de trabalho a cada ano. Essas duas variáveis conflitantes criam um problema estrutural no materialismo e não será com redistribuição de renda, políticas de crédito ou qualquer outra solução fundamentada no sistema econômico materialista que lançará luz nessa questão. O desenvolvimento de uma solução humanitária em paralelo as soluções materialistas, reduzirão os impactos do declínio do ciclo materialista gerando qualidade de vida, redução da violência e das vulnerabilidades sociais no planeta.

5. Para o quinto passo temos que considerar que não basta o aprimoramento do autocontrole, também é necessário educar nossa crianças para criar e manter essa realidade de paz e evitar o conflito. Conflito que tem suas bases nas disputas, com a violência desenhando as soluções. Para se contrapor a isso, dinâmicas que as levem a vivenciar soluções compartilhadas, a vivenciar o tratamento gentil, a construir uma ilha 5D voltada para o ensino e aprendizagem, podem ser criadas sob o rótulo de “aulas de reforço”. Professores trabalhando o letramento e o numeramento de forma lúdica, reduzindo o analfabetismo funcional. Ajudados por oficinas, para compor todo o conteúdo programático, voltado para o mundo 5D. Oficina do teatro, dos contadores de histórias, da leitura, da pintura, da cozinha, das práticas agrícolas, da costura e outras mais, tornarão o trabalho da educação também compartilhado e eficiente em sua proposta. Qualquer choque com a escola formal deve ser evitado. A ação deve ser complementar. Tentar reorientar a educação existente, toda voltada para o mundo 3D seria uma tarefa impossível. Será necessária uma transição suave e sistemática. Inicialmente as crianças estariam sendo preparadas para as duas realidades. Dentro de duas ou três gerações teremos essas crianças 5D chegando às posições de transmissores desse conhecimento, além de também tê-las em postos de serviços atendendo e fazendo chegar, esse novo padrão emocional e comportamental, à população em geral.

6. No sexto passo tratamos da violência urbana. A desigualdade social é um dos principais fatores que contribuem para o seu crescimento. Embora esse problema não tenha uma causa única, pois a raiz desse problema está no modo como a sociedade materialista está estruturada, nos seus valores culturais, sociais, morais, padrões econômicos e também nas suas ideologias políticas. Estatisticamente aqueles municípios com maior desigualdade social tem um volume maior de atividades ilícitas e violência urbana. Isso é um fato! Certamente entendemos que esperar que uma grande parte da população, passando fome, morando em habitações precárias, sem acesso ao básico, sem acesso a trabalho e renda continue ordeira e obediente às leis, enquanto observa, o consumo de supérfluos, o luxo e ostentação nas redes sociais e nos shoppings Centers, exibido por uma outra parcela da população. É uma expectativa surreal! Não será o braço armado do estado ou os projetos sociais, cujas abrangências nunca absorvem toda a população sujeita àquele tipo de vulnerabilidade, que conterão o caos resultante dessa mistura explosiva, nos grandes aglomerados urbanos. E essa questão já passou do ponto de inflexão, quando vista sob a ótica do lucro, dos custos e dos negócios. Será preciso aplicar a esta problemática, em um somatório de forças, ou melhor dizendo, de ações sem fazer uso da força, mas que sejam soluções solidárias, criativas e autônomas para reverter o quadro atual. Extrapolando com isso o ponto de inflexão das soluções materialistas e criando uma outra realidade paralela, capaz de acolher com dignidade as pessoas sobrantes com um mínimo de dignidade e respeito. As pessoas que regem suas vidas pelos valores 5D, unidas às pessoas sobrantes, trabalhando a redução das causas dessa violência poderão fazer aflorar soluções não contempladas até agora pelas políticas públicas e que quando são contemplas não suprem as carências daquelas pessoas a ponto de erradicar o problema. Não se trata de falta de vontade política ou interesse, mas sim da indisponibilidade dos recursos nos volumes necessários. Assim o ponto de inflexão, nas soluções materialista, é atingido, ou seja, não há recursos financeiros disponíveis, não se trata de redistribuição de renda, melhora na capacitação das pessoas para o mercado de trabalho, ou qualquer outra providência materialista que resolvam os problemas sociais definitivamente.

Milhões de pessoas 5D encontram-se em todas as vilas, cidades e países de todos os continentes. Ocupam posições em todas as áreas da atividade humana no planeta. Vieram participar desse momento mágico da humanidade! Vieram com a missão de auxiliar na transição planetária, ou seja, na passagem da realidade coletiva materialista (3D) para a realidade coletiva solidária (5D). Estaremos galgando mais um degrau em nossa jornada evolutiva. O local para iniciar o trabalho é onde você está, não importa sua profissão atual, se acolheu ou não uma religião em seu coração, não importa a sua condição social, suas convicções políticas. O momento é de ignorar as diferenças e se unir em prol de um ideal comum para toda a humanidade. Lançando as bases da realidade 5D, do Ciclo Solidário.
Uma boa jornada a todos…

Roberto S. Santos
11/05/2022
Ciclo Solidário / Ong Evoluir