O Projeto Escola Solidária, é um projeto piloto, para oferecer reforço escolar às crianças, adolescentes e jovens das Comunidades de menor expressão econômica. O objetivo é a partir de pequenas salas, instalada nas comunidades, reforçar primeiramente o letramento e o numeramento dos alunos. Para em seguida reforçar a aprendizagem dos idiomas, da lógica, da arte da comunicação eficaz e inspirada, o desenvolvimento da imaginação criativa e construtiva, das habilidades manuais e das artes. A proposta inicial será trabalharmos com pequenos grupos de alunos, agrupados por série e no máximo com 5 alunos por mesa, com o uso de vídeo aulas e um facilitador. Cada mesa fará uso de um tablet, em regime de compartilhamento. Será oferecida alimentação, além de atividades lúdicas/educativas com a atuação conjunta do Programa Repensar a Rua e suas oficinas (Fantoche, Teatro, Leitura, Contadores de Histórias, etc.). Foi escolhida a Comunidade Vila Unida, próximo ao acesso oeste em Resende-RJ, para receber o projeto piloto, que conta com 90 famílias e 114, crianças e adolescentes. A comunidade auxiliará na obtenção do espaço e fornecerá a mão-de-obra para construção da sala em regime de mutirão. A Associação de Moradores e membros da comunidade estão plenamente engajados nessa tarefa.

Justificativa:

A população da Vila Unida, por estar assentada sobre uma “Ocupação” e já carregar consigo as conseqüências do déficit habitacional brasileiro. Além de tratar-se de um público com insegurança alimentar moderado e grave (uma grande parte da população tem limitações na quantidade de alimentos consumidos e uma parte menor, convive com uma real falta de alimentos), razão pela qual, o fornecimento de refeições, as crianças no projeto serão de primordial importância. Porém, por tratar-se de um público com visão social mais apurada e proativo, em relação às mudanças que pretendem para suas vidas. Os níveis de violência e envolvimento com drogas ficam muito abaixo das médias locais. O que traz mais segurança quanto a operacionalidade do projeto. A Ong Evoluir com experiência de mais de 10 anos trabalhando com fatores de risco e proteção, nas comunidades e nos indivíduos, dentro de uma visão preventiva ao uso e abuso das drogas. Além conhecer a forma de aliciamento do crime organizado e a vida no dia-a-dia dessas comunidades, o que permite saber que para alterar o contexto social nessa comunidades, são necessárias ações concretas, que visem em um primeiro momento, atender suas necessidade básicas. Para em seguida, levá-las a formas de organização socio-produtiva mais eficiente, que as retire da condição de excluídos sociais ou sobrantes. Sem trabalhar a educação, os valores éticos mais apurados, e as novas experiências e formas de arranjos sócio-produtivos, não há como promover alterações no contexto e nos indivíduos de qualquer comunidade. Qualquer mudança significativa deve começar pela educação e segundo o IBGE, quase metade da população brasileira (49,25%) com 25 anos ou mais, não tem o Ensino Fundamental completo. E ainda segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) é uma pesquisa idealizada em parceria entre o Instituto Paulo Montenegro e a Ong Ação Educativa, com apoio do Ibope Inteligência com o objetivo de mensurar o nível de Alfabetismo da população brasileira, entre 15 e 64 anos, avaliando suas habilidades e práticas de leitura, de escrita e de matemática aplicadas ao cotidiano. A última pesquisa efetuada em 2015, com intervalo de confiança de 95% e margem de erro máximo estimada de 2,2% pontos percentuais para mais ou para menos. Foi adotada na avaliação, como mostram as tabelas a seguir: