O Projeto Casa Solidária, é um projeto piloto, para disseminar novos modelos de habitação de baixo custo e que ofereçam conforto, segurança e que se apóie nos conceitos de sustentabilidade. O objetivo é atuar a partir de ocupações, comunidades de baixa expressão econômica ou adensamento excessivo, daqueles que vivem em regime de coabitação, em habitações precárias e os chamados sem teto. O projeto inicial será, a partir da Comunidade Vila Unida, próximo ao acesso oeste em Resende-RJ, para receber o projeto piloto e as primeiras habitações. A comunidade conta com 90 famílias e 114, crianças e adolescentes. Ainda com poucas casas construídas em alvenaria, sendo a maior parte delas, constituídas de barracos de madeira e cobertas com lonas plásticas.

A comunidade já dispõe dos terrenos e fornecerá a mão-de-obra para construção das casas em regime de mutirão. O material será obtido mediante campanhas sociais e ainda, serão usados substitutivos que se harmonizem com as novas técnicas alternativas de construção sustentável. O objetivo do projeto não será o de oferecer casas gratuitamente a essa população. Mas, levá-los a desenvolver um trabalho conjunto e solidário, cuidando de inserir a comunidade em um novo contexto. Esse novo contexto, deve levar em conta não só a obtenção dos serviços públicos básicos, como água tratada, pavimentação, rede sanitária e elétrica, mas das moradias, em condições mais dignas e sustentáveis.

Justificativa:

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil tem um déficit habitacional de 7,757 milhões de moradias. O déficit habitacional atinge principalmente a população de baixa renda, sendo que 91% das famílias com problemas habitacionais têm como rendimento máximo até três salários mínimos. A tabela abaixo mostra a condição habitacional e a sua distribuição:

Quando projetamos os dados nacionais para uma cidade com cerca de 120 mil habitantes, Como Resende-RJ , onde o projeto será implantado, temos os seguintes números:

A população da Vila Unida, por estar assentada sobre uma “Ocupação”, e já carregar as graves conseqüências do déficit habitacional brasileiro. Porém, por tratar-se de um público com visão social mais apurada e proativo, em relação as mudanças que pretendem para suas vidas. Os níveis de violência e envolvimento com drogas ficam muito abaixo das médias locais. O que traz mais segurança quanto a operacionalidade do projeto. A Ong Evoluir com experiência de mais de 10 anos trabalhando com fatores de risco e proteção, nas comunidades e nos indivíduos, dentro de uma visão preventiva ao uso e abuso das drogas. Além conhecer as formas de aliciamento do crime organizado e a vida no dia-a-dia dessas comunidades, o que permite saber que para alterar o contexto social nessas comunidades, são necessárias ações concretas, que visem em um primeiro momento, atender suas necessidades básicas. Para em seguida levá-las a formas de organização socio-produtiva mais eficiente, que as retire da condição de excluídos sociais ou sobrantes.