Algumas comparações sobre a forma de organização social do sistema materialista e do sistema solidário:
Sistema Materialista Sistema Solidário
O Modelo de Organização social adotado pelo materialismo: O Modelo de Organização social almejada pelo Solidarismo:
A organização social em pirâmides, com os mais fortes, mais ricos no topo e os demais constituindo as base é o modelo adotado. A organização social em redes, funcionando como um organismo vivo, com seus órgãos e funções pode ser o modelo adotado.
As regras de Acesso: As regras de Acesso:
A regra de acesso é a competição. Tudo é competição e ocupam as posições do topo os mais fortes, os mais ricos, os vencedores, aqueles que possuem os méritos. A regra de acesso é a participação. Todos podem participar das células, segundo seus interesses, disposição e conhecimento, podendo inclusive, participar de mais de uma célula.
As regras de Permanência: As regras de Permanência:
Cada pirâmide tem suas regras de permanência. A condição de permanência é a obediência às regras. Todas as regras se alicerçam em paradigmas. Cada célula tem sua função. A participação e o trabalho colaborativo é a condição de permanência. Todas as regras se alicerçam em paradigmas.
A qualidade de vida: A qualidade de vida:
Aqueles que tem mais força, mais dinheiro, terão mais méritos, mais poder, maior capacidade de consumo e melhor qualidade de vida. Os recursos são distribuídos entre os indivíduos, em função da importância dos cargos ocupados. Quanto mais próximo do topo das pirâmides maiores serão as recompensas individuais. Todos os participantes terão uma qualidade de vida muito próxima ou parecida. Variando mais segundo suas preferências pessoais. Os recursos coletivos são distribuídos entre os indivíduos, para atendimento de suas necessidades individuais. O trabalho em uma ou mais células tem igual valor e importância na manutenção da rede.
O comando social: O comando social:
O comando está divido em dois segmentos: 1) As pirâmides do poder econômico – Operando em escala global, com seus paradigmas alicerçando a economia em todos os níveis. Do global para o local. 2) As pirâmides do poder público – Operando em escala local. É um poder circunscrito a uma determinada região, com leis regulatórias locais. O poder de direção no mundo material é exercido em função dos bens acumulados e da posição ocupada nas pirâmides sociais (Organogramas) O comando está distribuído nos núcleo gestores de cada célula que compões as redes. As células nº1 de cada rede e suas subdivisões(células de harmonização), caberão a tarefa de zelar pelo funcionamento harmônico de todas as células e da rede como um todo. A responsabilidade pessoal dos participantes das células, com os objetivos globais da rede, dará a tônica. O poder de direção no mundo solidário é exercido em função da liderança pessoal, que por sua vez é baseada no conhecimento, na dedicação e nos cuidados dispensados aos demais participantes das células.
Novas comparações poderão ser incorporadas a essa tabela ou mesmo criadas, levando a um ideal de organização social. Lembrando sempre que o impossível é apenas aquilo que não é tentado. Utopia é um sonho que ainda não foi posto em prática. Santos Dumont, Bill Gates, Nelson Mandela, Martin Luther King, Mahatma Gandhi, são alguns exemplos de pessoas que navegaram nas águas incertas da utopia e conseguiram grandes conquistas para a humanidade. Tudo que pudermos pensar, sentir, visualizar se tornará realidade. Temos apenas que caminhar juntos, criando esse novo ciclo. O ciclo solidário, que muitos entes humanos já carregam em seus corações. Já é o novo amanhecer para a humanidade. Criaremos juntos, um mundo mais justo, igualitário, sem fome, sem miséria. Trabalhando, pensando e agindo juntos, criaremos uma rede viva, dinâmica e criativa, capaz de reduzir os impactos sociais que a enorme onda de sobrantes acarretará ao planeta. Algumas gerações provavelmente serão perdidas, mas em breve, os índices de violência se reverterão, novas soluções criativas e sustentáveis serão incorporadas ou substituirão as velhas práticas predatórias. Reverteremos o ciclo de destruição que se aproxima da humanidade.

O que é um paradigma?

Um paradigma é um modelo ou padrão a ser seguido. São também as normas orientadoras de um grupo que estabelecem os limites e que determinam como o indivíduo deve agir dentro desses limites. Esses modelos servem as mais variadas áreas do conhecimento humano, norteando toda a forma de agir, chegando por vezes a serem seguido de forma inconsciente. Não pensamos mais sobre eles e os rumos que nos apontam. Os paradigmas norteiam as pesquisas científicas, a educação, a área trabalhista, o pensamento cartesiano, o pensamento holístico e o pensamento complexo, ou paradigma da complexidade. Uma abordagem especial sobre o paradigma cartesiano, sobre o paradigma holístico e sobre o paradigma da complexidade:

O Paradigma da Complexidade:

O paradigma da complexidade, ou pensamento complexo, tem como objetivo relacionar várias disciplinas, formas de ciência, no entanto sem misturá-las. A fluidez do pensamento complexo passando pelas diversas áreas da sociedade, inclui a incerteza como uma abertura de novas possibilidades e não como algo que trava o processo de pensamento.

O Paradigma Holístico:

O pensamento holístico ou sistêmico é uma forma de abordagem da realidade que surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento dos filósofos “reducionista-mecanicista” herdados da revolução científica do século XVII, Como Descartes, Francis Bacon e Newton. O pensamento sistêmico não nega a racionalidade científica, mas acredita que ela não oferece parâmetros suficientes para o desenvolvimento humano  e para descrição do universo material, e por isso deve ser desenvolvida conjuntamente com a subjetividade das artes e das diversas tradições espirituais. Isto se deve à limitação do método científico e da análise quando aplicadas nos estudos de física subatômica (onde se encontram as forças que compõem todo o universo), biologia, medicina e ciências humanas. É visto como componente do paradigma emergente, que tem como representantes cientistas, pesquisadores, filósofos e intelectuais de vários campos. O pensamento sistêmico inclui a interdisciplinaridade.

O paradigma Cartesiano:

Descartes, Galileu e Bacon. Eles fragmentaram o conhecimento humano de maneira lógica e organizada possibilitando grandes descobertas. Descartes desenvolveu o método racional dedutivo, enquanto Newton consolidou este método, surgindo assim o paradigma Newtoniano-Cartesiano que influencia até hoje os campos do conhecimento cientifico. Partem do pressuposto que para conhecer o todo é preciso fragmentá-lo. O todo seria então resultado da união destas partes menores. Este fato levou a ciência, mais especificamente, ocidental a fragmentar o mundo e criou em todos os segmentos tecnólogos especialistas, que não vêem o mundo como um todo. O todo seria então, “partes” do todo.

Exemplos de paradigmas:

Econômicos (Materialista): Quanto maior for o crescimento econômico melhor será para o país e seus habitantes. O crescimento constante da economia é a verdade que norteia todas as ações.

Trabalhista (Materialista): A mesma função, desempenhada para o mesmo empregador, no mesmo local de trabalho, independentemente da idade, sexo ou nacionalidade deve ser remunerada com o mesmo valor.

Nota:
Os paradigmas se alicerçam em “verdades”, que ao longo do tempo podem ser substituídas por outras, até mesmo completamente antagônicas e tornam-se novos padrões de comportamento e pensamento. Como por exemplo “a mulher não pode votar”; Os princípios da eugenia dizendo “A raça branca é superior”; nos 10 mil anos de materialismo “Sem mão-de-obra escrava não há como sustentar a economia”, etc…