O mundo no seu terceiro milênio

Chegamos finalmente ao terceiro milênio da nossa era. A era cristã, em seu ano atual de 2019 DC. O modelo de organização social que adotamos em nossa jornada, teve o seu início, há cerca de dez mil anos (10 milênios). Quando os homens buscaram um estilo de vida sedentária e criaram os primeiros grupamentos humanos. Iniciaram organizando os pequenos clãs, que evoluíram para as vilas agrícolas, passando a pequenas cidades, que evoluíram para grandes cidades fortificadas. Em seguida vieram os impérios, que cresceram e dominaram todo o mundo conhecido de então. O Império Romano é um exemplo disso. Como herança da queda do grande Império Romano do Ocidente, surgiram os Feudos, que posteriormente se juntaram em reinos, e que por sua vez, deram origem aos países como os conhecemos hoje. Há dez mil anos, os homens haviam criado o ciclo materialista. Cujo princípio é possuir bens materiais. Para usá-los, trocá-los ou vendê-los. No início nada tinha dono. Tudo estava igualmente disponível para todos. Para os homens e para todos os outros animais. Os homens se apropriaram de tudo. Da terra, e de todas as “riquezas” nela contida. Plantas, animais, águas, metais e até do próprio homem, que passou a ter dono. Criara-se o trabalho escravo. O trabalho escravo, com correntes, chibatas e trabalho forçado, modelo de relação trabalhista que esteve presente nas organizações humanas, por cerca de 9.800 anos de sua história. Sendo essa prática oficialmente abolida a menos de 200 anos. Foi abolida, porém ainda não completamente erradicada. Formas disfarçadas de escravidão, como os chamados sistemas de dívidas ilegais, ou mesmo o comércio das drogas, que criaram os “escravos modernos”. Onde os donos não são responsáveis pelo sustento de seus cativos, ou qualquer outra forma de assistência. Não necessitam organizar a produção e a venda dos bens produzidos. Apenas fornecem o “bem estar químico” e recebem em troca, tudo que o usuário, que se tornou dependente químico, conseguir obter de recursos. Não importando os meios que use para obtê-los. É a escravidão moderna, rendendo bilhões todos os meses, livre de impostos. E ninguém sabe quem são os verdadeiros donos desses seres humanos. Pois a lei do silêncio e as pirâmides de distribuição da droga os mantém acobertados. Por analogia, poderíamos chamar de feitores aos chamados traficantes. Pois nas pirâmides da distribuição das drogas, existem os feitores, os feitores dos feitores e assim por diante, até chegarmos aos verdadeiros donos do negócio. Protegidos pela lei do silêncio e a pena de morte em rito sumário e sem julgamento. Garantem o anonimato e a manutenção dos negócios. No ciclo materialista, o uso da tecnologia e das descobertas científicas, beneficiam em primeira mão, as pessoas que ocupam os topos das pirâmides sociais. Esse modelo de organização social com seus organogramas, que estruturam e organizam as suas pirâmides. Teve seu início no sul da Europa, no norte da África e no sudoeste Asiático. E se expandiu, tomando sob suas normas e paradigmas o planeta inteiro. Todos os humanos que habitam esse planeta vivem sob essa forma de organização. Apenas alguns pequenos grupos, em recantos isolados, ainda escapam desse modelo. Porém, há cerca de 700 anos, alguns humanos criaram novos modelos de pensamento e valores. Em um ciclo evolutivo e contínuo, que passou por diversos movimentos, o renascimento, o iluminismo, o humanismo e assim foi avançando. Criando uma grande quantidade de pessoas, que mesmo estando em posições privilegiadas nas pirâmides sociais, comungam com outros paradigmas. Aspiram a um mundo mais igualitário, sem fome, sem guerras, sem misérias. Um novo modelo de organização social completamente diferente do materialismo, suas pirâmides e organogramas. O número de pessoas, com essa nova maneira de sentir, de pensar e agir só faz crescer. Porém como todos continuam engessados nas pirâmides sociais, com paradigmas completamente contrários a essa nova forma de pensar e sentir. Fica muito difícil, alterar o modelo organizacional vigente. E as diferenças almejadas são muito profundas e diametralmente opostas em seus princípios. Mas, uma grande oportunidade está se apresentando. Uma crise mundial sem precedentes, começa a se instalar e colocar em cheque o ciclo materialista. A partir do século XVIII, com a chamada revolução industrial e as diversas fases pelas quais passou, chegando atualmente a 4ª fase, que engloba algumas tecnologias para automação e troca de dados e utilizando conceitos de Sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem, o que provocou profundas alterações nas relações humanas, nos seus mais variados campos de relacionamentos. Não só nas relações trabalhistas, mas também nas relações intra e interpessoais de uma forma geral. A jornada iniciada pela humanidade, a partir do século XVIII, criou o homem pós-moderno, e todo o seu desencanto. É certo que na pós-modernidade se conjuga com uma série de fatores que vão desde a crise da industrialização, da massificação dos meios de comunicação e transporte, da informática, da eletrônica, da telemática, se reforça com as mudanças sociais marcadas pelo desenvolvimento econômico e as crises do mercado, a diversificação e crise das instituições sociais, a urbanização crescente e o surgimento das megalópoles, dos protestos e lutas sociais, da alteração de papéis sociais, a eliminação de mitos, a quebra de tabus e preconceitos, a secularização e, finalmente, a um retorno ao sentimento, a explosão religiosa e a um novo comportamento diante do mundo, do outro, de si mesmo e de Deus. Em poucas palavras, do “moderno” nasce a “modernidade” e esta foi transformada em “pós-modernidade”. É um tempo de iniciar a mudança. Uma importante parcela da humanidade está pronta para viver o paradigma da complexidade ou do pensamento complexo. Condição indispensável para caminhar ao mesmo tempo, em dois mundos tão diferentes a antagônicos. A figura do sobrante ou excluído, cuja presença começou a ser notada a partir da 1ª fase da revolução industrial na Europa. Onde a tecnologia introduzida passou a reduzir a necessidade de humanos no sistema produtivo, hoje atinge todo o planeta. Alcançando, no caso brasileiro, de 1/3 a ¼ da população, dependendo da região. Mas, crise é também oportunidade e com um número tão expressivo de pessoas sem qualquer tipo de garantia. Os sobrantes. Surge a oportunidade da criação de um novo ciclo paralelo ao do materialismo. Não se trata aqui de expandir o materialismo, para absorver os sobrantes. Isso já foi e está sendo exaustivamente tentado. Com novos negócios, conceitos de empreendedorismo, novas pirâmides em todas as áreas. No materialismo onde tudo é competição, já existe competição para tudo, até para o cuspe a distância. E o número de sobrantes continua a crescer e cada vez mais rapidamente. Quanto mais avança a tecnologia, mais rápido, cresce o número de sobrantes. O novo ciclo ao qual nos referimos é o ciclo solidário. Que pode ser criado em paralelo ao ciclo do materialismo. Não há concorrência entre os dois. O sobrante é um recurso sem qualquer utilidade para o ciclo materialista. Só gera despesas e problemas. Com a instalação do ciclo solidário, esse público seria reduzido, melhorando a qualidade de vida de todos. O homem pós-moderno, nesse novo contexto, terá espaço para harmonizar essa sua nova forma de expressão e entendimento perante a vida. Construindo, implantando, testando e depurando essa nova forma de organização social. O ciclo solidário. A proposta que apresentamos pode ser melhor entendida em nosso site, bastando usar o link: https://ongevoluir.com.br/a-nossa-proposta/

Roberto
23/02/2019
Ciclo Solidário / Ong Evoluir